quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

AMA assume Secretaria Executiva do Comitê do Lago Guaíba

A Associação Amigos do Meio Ambiente assumiu nessa quarta-feira, 25, a Secretaria Executiva do Comitê de Gerenciamento da Bacia Hidrográfica do Lago Guaíba. Em reunião na sede da entidade, localizada no Centro de Porto Alegre, os coordenadores da AMA, Túlio Carvalho e Ricardo Jardim, assinaram o convênio com o presidente do Comitê, Manoel Salvaterra.

“Aceitar o desafio de assumir a Secretaria Executiva do Comitê não foi uma decisão difícil, tendo em vista não só o envolvimento da AMA desde a fundação da entidade, mas também pelas transformações que a recuperação desse manancial podem trazer para Guaíba e região”, disse Túlio Carvalho. O dirigente entende que a atuação propositiva da AMA e a postura de diálogo amplo com todos os setores da sociedade contribuíram para que a entidade recebesse o convite.

Recentemente, o Comitê aprovou o primeiro Plano de Bacia para o Lago Guaíba. O documento prevê investimentos para os próximos 20 anos e tem como objetivo reforçar a gestão dos recursos hídricos, bem como buscar a melhoria na qualidade dessas águas.

A AMA integra o Comitê do Lago desde sua fundação, no final dos anos 1990. O convênio tem duração prevista para os próximos 12 meses.


quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Comitê da Mata Atlântica destaca preservação do patrimônio em Guaíba

O Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica realizou na última terça-feira, 13, sua reunião ordinária pela primeira vez em Guaíba. Na oportunidade, foi entregue documento da entidade para o prefeito Henrique Tavares, apoiando a criação da Unidade de Conservação Parque Natural Morro José Lutzenberger e parabenizando a cidade de Guaíba pela preservação de importantes patrimônios naturais e históricos, como a Ilha das Pedras Brancas.

Estavam presentes o coordenador do Instituto Curicaca e presidente do Comitê Estadual da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica do RS, Alexandre Krob, a vice-presidente do Comitê e geógrafa do IPHAE, Monica Marlise Wiggers, além de representantes da Associação Trescoroense de Proteção ao Ambiente Natural - ASTEPAN, Luiz Carlos Ebert.

A Associação Amigos do Meio Ambiente foi anfitriã, em parceria com a Prefeitura. Também estavam presentes no encontro representantes do Legislativo, da Corsan, da SMAMA e da ONG Mira Serra.

Leia o documento: aqui 




quarta-feira, 7 de janeiro de 2015

Tombamento da Ilha das Pedras Brancas é tema do programa Tudo Mais na TVCOM



Os coordenadores da AMA Túlio Carvalho e João Bosco Ayala participaram do programa TVCOM Tudo + nessa terça-feira, 6. Em entrevista à jornalista Regina Lima, eles falaram sobre a importância do tombamento da Ilha Pedras Brancas, o histórico do local como Casa de Pólvora e presídio político durante o Regime Militar e, sobretudo, a relação de pertencimento e identidade que a comunidade de Guaíba tem com o local há décadas. “A ilha é nossa há muito tempo. Inclusive a cidade se chamava Pedras Brancas antigamente”, destacou Túlio.

As atividades e os projetos de preservação ancorados pela AMA, há mais de 20 anos, como os passeios guiados ao local, também foram destacados pelos coordenadores. 
Em março de 2014, a AMA, o Movimento Pró-Cultura e o vereador Alexandre Santana Xandão formalizaram o pedido de tombamento da Ilha Pedras Brancas junto ao Governo do Estado. No final do ano passado, foi publicado no Diário Oficial do Estado, a Portaria 96 que estabelece o monumento como patrimônio ambiental, histórico e arqueológico do RS.

Também estavam presentes no programa representantes do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado (IPHAE-RS) e do Grupo teatral Oi Noiz Aqui Traveiz, que em 2011 apresentou a peça Viúvas no local. 


Assista ao vídeo:


sexta-feira, 5 de dezembro de 2014

Studio AMA: Resíduos Perigosos e Logística Reversa

   

O Studio AMA desta quarta-feira, 3 de dezembro, debateu as questões dos Resíduos Perigosos e da Logística Reversa. 

Dando continuidade às discussões sobre a Política Nacional de Resíduos Sólidos, presente desde as primeiras edições do programa, a equipe da AMA abordou assuntos como os 30 anos da maior tragédia química da história, em Bhodal, na Índia, as consequências do contato do homem e do meio ambiente com resíduos de alto risco de contaminação e a gestão compartilhada. 

A AMA também lançou um desafio durante o programa: foram informados os nomes e os endereços de comércios da cidade que já praticam a logística reversa em Guaíba. Nas próximas semanas, a entidade deve divulgar uma lista dos estabelecimentos que estão agindo conforme prevê a legislação dessa área.  

O intervalo musical ficou por conta de Zeca Baleiro, com a canção Tevê, uma parceria dele com Kleber Albuquerque.

Participaram do programa, além do coordenador administrativo da AMA e apresentador Túlio Carvalho, a bióloga Maiane Papke, o técnico ambiental Marcos Munhoz, o jornalista Guilherme Lessa Bica e o coordenador financeiro da entidade Ricardo Jardim.  

Ouça o último programa Studio AMA, clique no link:


 Conheça alguns comércios em Guaíba que realizam logística reversa:

Importante:  Após o uso, devolva seu produto para o comércio onde ele foi adquirido. Lembre-se: na hora de comprar um produto, procure sempre por comércios que realizam a logística reversa.
 


Boas práticas: a AMA segue mapeando o comércio de Guaíba para divulgar os locais que praticam a logística reversa. Caso você conheça algum local onde ela acontece e ele não esteja listado aqui, entre em contato conosco para divulgarmos cada vez mais os estabelecimentos que estão alinhados com as boas práticas ambientais. 

E-mail: amaguaiba@amaguaiba.org
Fone: 51 3055 5018 
www.facebook.com/amaguaibars

quinta-feira, 13 de novembro de 2014

Carta aberta à comunidade de Guaíba

AMA tem pautado, ao longo de 20 anos, a defesa da preservação da memória e da história do município de Guaíba. Temos uma aprofundada vivência no campo das relações simbólicas, afetivas e das manifestações concretas da caminhada política, econômica, socioambiental e cultural de Guaíba. Essas manifestações se traduzem através da existência do Patrimônio Material e Imaterial de nossa localidade.

Sabemos do conjunto de documentos históricos que o território municipal abriga na zona rural e urbana. Conhecemos os atuais conceitos que norteiam a difícil tarefa da preservação em um mundo regrado pelo consumismo e pelo descartável. A busca da felicidade, da ostentação e do sucesso a qualquer custo, mesmo que para isso tenhamos que nos distanciar de nossa essência, a humanidade, reflete um cenário falido, mas ainda convincente para muitas mentalidades e para as relações econômicas vigentes. As questões sociais também circulam pelo direito à história e pela construção da identidade coletiva. Temos que burilar as sensibilidades e vibrar com os comportamentos que nos religuem à nossa terra, nossa história e memória.

O tema do Patrimônio Histórico não se trata de mero devaneio pessoal ou de grupo. O cabedal de conhecimento sobre o assunto está expresso nas Cartas Patrimoniais – UNESCO e na Constituição Brasileira desde 1937. O direito à memória e à história coletivas está diretamente relacionado com o dever da Nação, do Estado e do Município. Ao longo destes últimos 20 anos em Guaíba, temos visto o desmanche acelerado dos bens de interesse Histórico, Arquitetônico e Artístico. Os que ainda resistem, possuem como esteio de apoio a intervenção do IPHAE (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico do Estado), do Ministério Público, da AMA e de alguns indivíduos que se colocam como sujeitos de sua história e da história coletiva. As gestões municipais não têm apresentado políticas de governo eficientes e muito menos convincentes.

Os últimos acontecimentos que envolveram a destruição de prédios de valor histórico e arquitetônico na cidade, mais especificamente na Avenida Sete de Setembro, nos remetem à constante indagação: O que queremos para Guaíba? Outra pergunta se faz necessária para dar condução ao debate: Que estratégias utilizaremos para a preservação de nossa História? A AMA pode responder a esta pergunta dizendo que, para tanto, precisamos começar dando início urgente ao Inventário Histórico e Cultural de Guaíba e por em ação o Conselho Municipal de Patrimônio Histórico, Artístico e Cultural do Município, que não tem sido chamado desde sua reedição há dois anos.

Os vários eixos que conduzem à preservação ambiental e cultural precisam ser ordenados e regidos com maestria pelo poder público, porém, concluímos que até o presente momento Guaíba não teve o prazer de ver a orquestra da preservação patrimonial fazer seu espetáculo de forma harmônica e consistente. No momento em que vivemos, nosso município vem recebendo inúmeros investimentos que estão, de forma muito acelerada, transformando o cenário urbano, econômico e social de nossa cidade, requerendo ações imediatas para que não sejamos atropelados pelo desenvolvimento, sem torná-lo inconsequente, mas harmônico com nossa realidade, características e história. Para finalizar, citamos a historiadora Sandra Jatahy Pesavento, que escreve o prefácio do livro intitulado “O Passado no Futuro da Cidade”, de autoria de Ana Lúcia Meira (2004), grande ativista da área da Cultura no Brasil:

“(...)Dar a ver o passado de uma cidade é fazê-la ir ao encontro da História, da sua História, de um caminho percorrido, de uma experiência comum, de um tempo partilhado. Este tempo a ser lembrado, visualizado, é uma parte da vida da comunidade que toma espaço na vida de cada cidadão e que o habita para pensar à frente. Daí porque é possível ver passado e futuro em conjunção, mas para isso, é preciso saber ver(...).”


Miriam Leão: historiadora e consultora de patrimônio da AMA.
João Bosco Ayala: historiador e coordenador de patrimônio histórico da AMA.

terça-feira, 11 de novembro de 2014

A figueira, o prédio histórico e a mobilização popular

Sobre duas situações que envolvem a degradação de patrimônios natural e cultural em Guaíba e que ganharam repercussão nos últimos dias, a AMA informa:


A Figueira da Sete 

No papel que compete a uma ONG ambientalista, estamos sistematicamente denunciando a supressão ilegal de vegetação, bem como solicitando esclarecimentos sobre as autorizações emitidas pela Secretaria de Agricultura e Meio Ambiente (SMAMA). Sobre a figueira localizada em terreno da Rua Sete de Setembro, estamos acompanhando o processo administrativo junto ao órgão competente.

No nosso entendimento, ainda não estão esgotadas as alternativas que viabilizem a permanência da figueira naquele local. Não temos conhecimento do projeto técnico. Estamos tentando participar dessa discussão. Entendemos que o fato mais importante para a preservação desse exemplar é uma efetiva e contundente manifestação popular, nos moldes do que foi feito para a preservação e criação da Unidade de Conservação Morro José Lutzenberger.

É importante estabelecer as devidas competências na questão dos procedimentos legais. Cabe à Prefeitura Municipal, através da Secretaria de Meio Ambiente, a deliberação oficial e legal sobre a supressão de vegetação. Caso não sejam cumpridas as normas, o recurso definitivo é acionar o Ministério Público.

A AMA está atenta, como sempre esteve nos seus 24 anos de existência e de luta pela preservação dos patrimônios naturais e culturais de Guaíba. Essa é a única forma de luta que dispomos. Dessa forma, saudamos a mobilização observada nas redes sociais, manifestando indignação e contrariedade à possibilidade de perdermos mais um exemplar vegetal protegido pela legislação. A AMA não medirá esforços para preservar a integridade física do vegetal e conta com o apoio da população para tal feito. 


Prédio da antiga Câmara de Vereadores 

Como toda a sociedade de Guaíba, ficamos perplexos com a destruição de mais um prédio com relevante valor histórico e cultural para a cidade. Estamos encaminhando ao Executivo Municipal a solicitação dos seguintes esclarecimentos:

1) A demolição do prédio estava autorizada?

2) Quais os laudos e pareceres que fundamentaram essa autorização?

3) Se não autorizado, que providências serão tomadas?